UMA BOA NOTÍCIA | Praticando a ressurreição #3
Seguimos na sequência de Efésios, buscando o amadurecimento.
Paulo inicia mostrando um panorama do passado, a condição inicial da nossa morte no pecado, a situação na qual estávamos.
Porém, uma vez no evangelho, algumas coisas precisam ser observadas. O evangelho é a mensagem central da Bíblia e tudo o que fazemos deve andar em torno dele. Muitas vezes achamos que agimos conforme o evangelho, mas estamos fora dele, desviando o foco na salvação e em Cristo. Como exemplo, citamos o atendimento aos necessitados, o serviço social da igreja. Sim, isso é um reflexo da nossa salvação, porém não é a principal motivação do evangelho. O mesmo ocorre com foco na doutrina, gerando exclusivismo, a pregação da prosperidade além da magia do perdão que gera um cristão interessado apenas no sangue de Cristo.
Tudo o que foi citado acima faz parte do evangelho, mas não são a totalidade das escrituras e nem a parte principal. Não podemos selecionar o que seguir, como se estivéssemos analisando um cardápio. Paulo deixou bem claro que estávamos mortos, e agora, resgatados por Cristo, estamos vivos!
O que é a morte? É a situação onde não podemos fazer nada, não reagimos a estímulos, não temos interesse por nada referente às coisas de Deus. Não poderíamos nem determinar e dizer "SIM, quero seguir a Deus", pois como mortos, estávamos estagnados no pecado.
Se analisarmos nossa vida, de maneira sincera e de acordo com o evangelho, veremos que antes de Deus nos resgatar não havia a mínima chance de andarmos com ele, de virar nossas costas para o pecado, de acharmos alguma possibilidade de comunhão com o Pai. O pecado nos manchou, nos distanciou de Deus, nos fez andar segundo o curso desse mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que atua nos filhos da desobediência.
Agora perguntamos: você, situando-se assim, imagina algo diferente de uma punição? Paulo afirmou que éramos por natureza filhos da ira de Deus, como os demais.
Você pode afirmar: "ah mas eu não faço nada de errado". Isso é uma percepção falsa que todos temos, ou tínhamos. Digamos que você cumpra todo o código penal brasileiro e obedeça toda a constituição, mas num dia você falha em apenas um artigo. Já seria passível de punição legal. Com Deus é a mesma coisa. Eu não posso focar nos pecados que eu não cometa ou nas leis de Deus que eu obedeça, mas sim saber que é impossível cumprir toda a lei e que eu tenho plena certeza ao afirmar que falhei com o Senhor e sou merecedor da sua ira.
Porém há uma linda palavra usada na língua portuguesa, o MAS, que inverte todo esse problema que tínhamos antes. Paulo usou-a no versículo 4, dizendo "mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo". Isso é maravilhoso! Eu era um pecado, MAS ele me amou. Eu merecia o inferno, MAS ele me amou. Eu não cumpria seus mandamentos, MAS ele me amou. Eu merecia morrer, MAS Jesus morreu em meu lugar.
Vamos então nos posicionar, entender a dimensão do amor de Deus culminando com o sacrifício de Cristo, e com isso responder ao chamado do evangelho para servir, ser parte integrante, reconhecendo nossas falhas e limitações, e principalmente dando crédito total a Deus por nossa salvação.
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